sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
CONHECENDO A REALIDADE DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO - Barreiras Arquitetônicas para pessoas com deficiência - (Foco Def. Visual)
CONHECENDO
A REALIDADE DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO
A cidade de Tubarão tem sua
localização privilegiada. Próxima ao mar, à serra e às águas termaise, é
cortada pela rodovia BR-101 e pelo rio Tubarão de sul a leste, que em seu
percurso vai desembocar na Lagoa Santo Antonio, em Laguna.
Data de
criação do município
|
27/05/1870
|
Gentílico
|
tubaronense
|
População em
2010
|
|
Eleitores
|
|
Área da
unidade territorial
Atualmente
governado pelo Prefeito Felipe Luiz Colaço.
|
A história de Tubarão começa em 1774, com a
doação de duas sesmarias ao Capitão João da Costa Moreira, o seu pioneiro
fundador. O lugar conhecido como Paragem do Poço Grande, era ponto de parada
para os tropeiros que desciam da região serrana com mulas carregadas de queijo,
charque e outros produtos. Em 27 de maio de 1870, o presidente da Província
sancionou a lei nº. 635 que criou o município de Tubarão, território
desmembrado de Laguna. Em seguida recebeu levas de imigrantes portugueses:
açorianos e vicentistas. Durante a década de 1870, registraram-se três
importantes fatos: a imigração européia com predominância de italianos, seguida
de alemães e outras nacionalidades.
O topônimo Tubarão deriva do cacique
Tuba-Nharõ (do tupi-guarani = pai feroz), nome que os habitantes primitivos
também davam ao rio que corta a cidade. Tubarão também é conhecida como Cidade
Azul.
} Em 1903, José Maria Gnecco e sua
mulher Bernardina Conceição,
} doaram um terreno para a
construção de um Hospital ou casa de Misericórdia.
} Em 3 de Maio de 1906, foi
solenemente inaugurada.
} Hoje o Hospital conta com
aproximadamente 435 leitos, incluindo o centro de cirurgia e emergência.
} O Hospital e Maternidade Socimed
surgiu do anseio de um grupo de médicos em construir um hospital cujo foco
principal estaria voltado para um ambiente de trabalho humanizado e de
excelência, mudando os conceitos de serviço de saúde até então utilizados.
A construção foi iniciada em 4 de janeiro de 1999.
A construção foi iniciada em 4 de janeiro de 1999.
} As atividades começaram
efetivamente em 12 de maio de 2003, inaugurando a Unidade A, com 17
apartamentos num total de 25 leitos sendo ampliada gradativamente ao longo dos
anos.
} A comunidade tubaronense conta
hoje também com uma Clínica particular que atende toda a Amurel (Pró –
Vida), mais 25 ESF ( Estratégia de Saúde
Familiar), sendo uma rede de saúde pública (PSF) três clínicas especializadas:
} * Dr. Arnaldo Bitencourtt (Beck)
} * Clínica do Humaitá
} * Policlínica Central no bairro
Oficinas.
} * CAES ( Atend. Doenças
infectocontagiosas)
} * CAPS ( Atend. De Transtornos
Psiquiátricos)
} * NASF ( Núcleo de Apoio a Saúde
da Família).
Sendo
que para 2013, aguardamos o término da construção do Centro de Atendimento 24h,
mantido pela Prefeitura Municipal
} Tubarão um pólo de convergência
de todas as vias de comunicação, motivou a formação de um centro estudantil que
atendia uma clientela da região, que necessitasse freqüentar cursos mais
elevados. Na década de l930 sobressaiam o Colégio São José (l895) e o Grupo
Escolar Hercílio Luz (l920), na em l94O, o Ginásio Sagrado Coração de Jesus,
depois Colégio Dehon e na década de l950, a Escola Técnica do Comércio.
} Deste quarteto, com modalidades
específicas de ensino, atraia estudantes do sul catarinense, formando, assim, a
base ativa e histórica para a criação e desenvolvimento de cursos de nível
} superior que iniciou pelo IMES
(l964), transformado em FESSC (l967) e finalizando na Universidade do Sul de
Santa Catarina – UNISUL.(l989).
} O Ano de 1898 é um marco
especial, com a criação da Biblioteca pública e Arquivo Público, por iniciativa
do visionário
} Superintendente João Cabral de
Mello. Em 1941, o prefeito Marcolino Martins Cabral, aproveitando decretou a
criação da Biblioteca Olavo Bilac.
} Instalada na sede da Prefeitura,
teve também, vida itinerante.
} Passou por percalços e desleixos.
Porém, sua maior perda ocorreu no ano de 1988.
} Hoje a biblioteca esta localizada no Centro de
Cultura Municipal.
} Atualmente Tubarão conta com 21
escolas municipais, 26 escolas estaduais de ensino fundamental, médio e
educação de jovens e adultos (CEJA), 7 escolas particulares, 2 escolas de
atendimento a pessoas deficientes ( Apae e Vida e Arte), a COMBEMTU – uma
Associação que atende crianças carentes e em situação de risco além da
Associação Tubaronense para Integração do Deficiente Visual (ATIDEV) que possui
55 pessoas com baixa visão e cegas cadastradas sendo que dessas 28 frequentam a
associação regularmente participando de projetos voltados ao esporte, a
informática e a iniciação de Braille e Sorobã.
} O município possui 14 Salas de Recursos Funcionais, sendo que
dessas 3 ainda em desuso.
} Regidas pelo estado temos: 3
SAEDES e 1 Sala Multifuncinal onde os alunos são atendidos pelos profissionais
AEE.
} Números de alunos cegos e com
baixa visão atendidos pelas escolas municipais, estaduais e particulares.
} Não existem estatísticas oficiais
atualizadas na cidade de Tubarão quanto ao números de pessoas com deficiência
visual.
} Segundo dados extra-oficias da
ATIDEV existem 2000 pessoas com deficiência visual em Tubarão.
} Assim como o Museu Ferroviário Tubarão
conta com outros pontos históricos como:
} * Vila dos Engenheiros ( hoje
Paço Municipal);
} * Casario na Margem do Rio;
} * Museu Willy Zumblick;
} * Casa da Cidade;
} * Casa da Cidadania;
} * Monumento da Anita Garibald;
} * Igreja Matriz São José Operário
onde encontram-se obras do artista tubaronense Willy Zumblick e a Torre da
Gratidão, um monumento que foi
construído ao lado da Catedral em agradecimento a reconstrução da cidade
de Tubarão após a trágica enchente de 1974.
BARREIRAS
ARQUITETÔNICAS
Calçadas irregulares e danificadas/ Centro - TB
obesos e idosos.
Considerações finais
} O presente trabalho foi realizado
na cidade de Tubarão – SC.
} Os dados coletados quanto ao número de pessoas
com deficiência visual são extra-oficias
pesquisados junto a ATDEV, sendo que as secretarias procurados tanto da
educação (municipal e estadual) e Assistência Social ou não souberam dar a
informação e outras se negaram.
} Sendo esta portanto o maior
entrave para que a pesquisa fosse realizada na íntegra.
Acadêmicas:
} Bruna
} Cintia
} Iara
} Maria Helena
} Simone
} Soraia
Tatiana
domingo, 16 de dezembro de 2012
CULTURA CIENTÍFICA E CRIATIVIDADE
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
ACADÊMICA: CONSTANCIA PATRICIO FRETTA
PROFESSORA: TÂNIA FERNANDES
6º SEMESTRE: 2012
PROFESSORA: TÂNIA FERNANDES
6º SEMESTRE: 2012
CULTURA
CIENTÍFICA E CRIATIVIDADE
A palestra de
encerramento do IV SIMFOP (Simpósio sobre Formação de Professores) foi
proferida pelo Dr. Jorge Campos da Costa, da área de Letras, do Rio Grande do
Sul, trabalha a questão da linguística e suas interfaces, coordena um
laboratório de criatividade em uma universidade também no Rio Grande do Sul.
O palestrante encerrou
a palestra com um slide redundante que dizia “Sair fora da casinha” e assim, eu
estava sentindo-me no início da conferência.
A discussão foi em
torno da tecnologia que invade todos os espaços da sociedade, a linguagem
através do computador invade todos os campos e é muito poderosa, esse fator
acontece, pois estamos numa fase de transição forte e até dramática que gira em
torno da linguagem computadorizada, e nesse contexto é necessário combinar
cultura científica com a criatividade.
De Gutenberg até nos
dias atuais, a academia está centrada em livros, pois os mesmos são
embasamentos teóricos que justificam os trabalhos acadêmicos, contudo
atualmente, há os E book (livros on line), com uma inovação: o usuário coloca o
tamanho da melhor letra para fazer a leitura e ainda pode ao mesmo tempo
consultar outros links para verificar assuntos que está em dúvida e isso
acontece simultaneamente, num mesmo local. Assim, parece-nos que não se lê mais
um livro inteiro, lê-se fragmentos, e na internet há uma infinidade de temas
que são postados diariamente, é como se tivéssemos uma biblioteca da Alexandria
em nossa casa, contudo é necessário navegar com critério.
Falar em criatividade é
não dar respostas, as perguntas são importantes, e formular problemas é
fundamental. A criatividade na era digital está presente, pois a relação do
conhecimento com as imagens é cada vez maior, e saber usar as imagens que estão
diretamente ligadas ao conhecimento, é uma maneira de ser criativo.
Vários autores e nomes
de obras foram citadas no decorrer da conferência, entre eles: John Brockman
(estamos vivendo a terceira cultura, interfaces da vida passada e as inovações
do futuro); C.P.Snow (há a um conflito
entre a cultura humanística e a tecnológica); Umberto Eco (sempre houve essa
tecnofobia); Leonardo da Vinci (a humanidade vai ficar horrorizada com o que
fez com os animais); Einstein; Freud; Gutenberg, e outros.
Também discutiu sobre a
criatividade e memética, citando Darwin; a criatividade e Kluge, citando Gary
Marcus, a criatividade e serendipitidade de Royston M. Roberts; criatividade e
ciência, criatividade e butterfly effect, criatividade Deus e lógica de Antony
Flew. Desses temas discutidos o que ficou em evidência foi a questão da
serendipidade que é a descoberta por acaso, ou seja, a criatividade aparece na
solução de um problema quando estava procurando a solução para outro. Nesse
sentido, todo raciocínio criativo é divergente, assim o pensamento rotineiro
não é criativo. Portanto ser criativo é ousar, é não temer, fazer o diferente.
A palestra foi
conflitante gerou dúvidas e não houve respostas. Em meu ponto de vista a
contribuição do assunto tratado para a educação é dicotômica, porque de uma
lado temos a escola que busca a criatividade para incentivar a participação e a
aprendizagem dos alunos, mesmo com poucos recursos, de outro lado, presenciamos,
muitas vezes, alunos que a escola tolhe, poda a criatividade dos mesmos, definindo
por menores de trabalhos a serem feitos, não deixam os alunos criarem, ousarem,
podemos corroborar essa afirmação, quando estudamos que os grandes nomes da
ciência, da informática deixaram os bancos escolares para inventar e criar,
penso que a escola ainda está na era da idade média, pois sempre estipula o que
fazer, quando, a quantidade de laudas a escrever, o roteiro a seguir, um único
projeto a ser executado e não deixa os alunos ousarem, serem diferentes,
criativos, os alunos precisam cumprir suas tarefas escolares e extraescolares
com inovações. Como diz o Dr. Campos essa minha posição pode ser certa ou pode
ser errada, pois na criatividade não tem certo, nem errado.
Penso ainda, que ser
criativo na educação, ainda está longe de acontecer, principalmente na escola
pública em que temos a nossa disposição quadro, giz e ainda usamos o
mimeógrafo, também quando as escolas contam com equipamentos mais modernos como
data show e salas informatizadas, alguns professores relutam em continuar na
mesmice, ser criativo em educação de um modo geral ainda é um longo caminho a
seguir.
Contudo, há uma
controvérsia, pois considero a criatividade para a minha atuação profissional em
educação especial fundamental, pois um professor que atua na educação especial
deve ser muito criativo, principalmente, porque precisa fazer as adaptações e
flexibilizações de materiais e equipamentos para que os alunos atinjam os seus
objetivos. É preciso em educação especial ter uma visão diferente do que é
certo e do que é errado, entender que as pequenas aprendizagens são grandes
para uma determinada pessoa, também a área tecnológica está contribuindo muito
para a mobilidade, comunicação das pessoas com necessidades especiais, entre
outros, e nesse contexto são criativos os que ousam. Não sei se não “Sai fora
da casinha”, mas em criatividade tudo pode ser.
O ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL NA REGIÃO DA AMUREL: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – AEE X ESCOLA REGULAR DE ENSINO
CINTIA IARA KIENEN BARRETO
CONSTANCIA PATRICIO FRETTA
MARIA APARECIDA MARTINS RODRIGUES
O
ALUNO COM DEFICIÊNCIA MENTAL NA REGIÃO DA AMUREL: ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO – AEE X ESCOLA REGULAR DE ENSINO
Pesquisa
solicitada como requisito para a conclusão da disciplina Avaliação e
Atendimento Educacional de Alunos com Deficiência Mental, do Curso de
Licenciatura em Educação Especial da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Orientadora:
Profª Doutora Carla K. Vasques
TUBARÃO
2011
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
2. ANÁLISE E DISCUSSÃO
DOS DADOS ......................................................................... 5
3.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS.............................................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................................15
APÊNDICES...........................................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
Iniciamos
nosso estudo, buscando conhecer os atuais sistemas classificatórios acerca da
deficiência mental; procurando compreender a CID 10, a CIF, o DSM IV, o Sistema
2002 e Classificação de 0 a 3 anos, nas suas particularidades e dissonâncias.
Também pesquisamos tais sistemas segundo os modelos médico e social de
deficiência.
Na
CID 10, a deficiência mental é definida como retardo mental:
Parada do
desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual,
caracterizados essencialmente por um comprometimento, durante o período de
desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global de inteligência,
isto é, das funções cognitivas, de linguagem, da motricidade e do comportamento
social. (CID 10, 2009, p. )
Posteriormente,
estudamos o Atendimento Educacional Especializado – AEE em seus aspectos legais
e orientação pedagógica e o AEE: deficiência mental.
O
Atendimento Educacional Especializado deve estar disponível em todos os níveis
de ensino escolar (básico e fundamental), de preferência nas escolas comuns da
rede regular. Esse é o ambiente escolar mais adequado para garantir o
relacionamento do aluno com seus pares de mesma idade cronológica e para a
estimulação de todo o tipo de interação que possa beneficiar seu
desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo. (FÁVERO, PANTOJA E MANTOAN, 2007, p.26)
Para Mantoan e Batista a deficiência mental:
[...] constitui um impasse para o ensino
na escola comum e para a definição do Atendimento Educacional Especializado,
pela complexidade do seu conceito e pela grande quantidade e variedades de
abordagens do mesmo. (2007, p. 14)
Para melhor compreender como se dá o AEE dos alunos
com deficiência mental, bem como esses alunos estão
incluídos no ensino regular foram delimitados os seguintes objetivos:
·
verificar o painel analítico sobre a
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva nos municípios do Sul de
Santa Catarina, com foco no Atendimento Educacional Especializado para sujeitos
com deficiência mental;
·
observar como o professor do ensino
regular atende os educandos com deficiência mental.
Mediante esses
objetivos, definimos por fazer uma pesquisa in loco, a organização dessa
prática, primeiramente, partiu de uma proposta da professora Carla K. Vasques que
escolheu como campo de pesquisa os municípios nos quais os alunos do curso
Licenciatura em Educação Especial residissem, os quais fazem parte da Região da
AMUREL (Associação dos Municípios da Região da Laguna), pertencentes ao Sul de
Santa Catarina. Para Ventura (2002, p. 79), “a pesquisa de campo deve merecer
grande atenção, pois devem ser indicados os critérios de escolha da amostragem
(das pessoas que serão escolhidas como exemplares de certa situação), a forma
pela qual serão coletados os dados e os critérios de análise dos dados
obtidos”.
A pesquisa foi
realizada nos SAEDEs (Serviço de Atendimento Especializado) da Escola Especial
São Francisco de Assis - APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e
da Escola de Educação Básica “Teresa Martins Brito” e no ensino regular na
Escola de Educação Básica “General Osvaldo Pinto da Veiga”, todas localizadas
no município de Capivari de Baixo.
Foram
entrevistadas quatro professoras: duas do ensino regular e duas do SAEDE, sendo
que uma das professoras do SAEDE optou por preencher o questionário, justificando
não ter tempo para responder a entrevista.
Para
efetivar esse trabalho, optamos pela entrevista e pelo questionário como
instrumento de coleta de dados, esta escolha considerou as vantagens deste
instrumento, dentre outras a apresentada por Marconi e Lakatos (1999, p. 100, 101),
de que “utilizam-se menos pessoas para ser executado e proporcionam economia de
custo, tempo, viagens, com obtenção de uma amostra maior e não sofre influência
do entrevistador.” Portanto, essa pesquisa será qualitativa, exploratória e
descritiva.
Após
a realização das entrevistas e aplicação dos questionários será realizada uma
análise e discussão dos dados coletados à luz das teorias estudadas no decorrer
da disciplina Avaliação e Atendimento Educacional de Alunos com Deficiência
Mental.
2.
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Iniciamos nossa
análise seguindo a sequência das
perguntas relacionadas no apêndice 2. Após a entrega da carta de apresentação à
direção da escola (apêndice 1), convidamos quatro professoras para participar
da nossa pesquisa. Entrevistamos três professoras e uma preferiu responder ao
questionário e entregar em outro dia. O gráfico abaixo demonstra a idade das
mesmas:
Gráfico
01:
Idade.
Fonte:
Professoras entrevistadas 2011, elaborado pela equipe.
Observa-se que os
profissionais que atuam na educação, seja no ensino regular como também no
especial, apresentam idades bem variadas entre 29 a 56 anos.
A formação das
entrevistadas foi ilustrada na tabela abaixo:
Tabela
01:
Formação.
Professoras
|
Formação
|
1
|
Pedagogia e História, especialização
em Prática Interdisciplinar da Educação Infantil e Séries Iniciais.
|
2
|
Pedagogia com complementação em
Educação Especial e especialização em Séries Iniciais e Educação Infantil.
|
3
|
Pedagogia.
|
4
|
Pedagogia com complementação em
Educação Especial e especialização em Educação Infantil, Séries Iniciais e
Educação Especial.
|
Fonte:
Professoras entrevistadas 2011, elaborado pela equipe.
Constatou-se que todas
as entrevistadas são pedagogas, sendo que duas possuem complementação em
Educação Especial e dessas uma fez também especialização nessa área. Portanto a
formação exigida pela LDB para atuar na educação está presente, já que todas as
professoras possuem formação superior. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBEN Nº 9394, de 20/12/96, no Título IV – Dos
Profissionais da Educação, em seu Artigo 62 “A formação de docentes para atuar
na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação...”.
Gráfico
02:
Tempo de serviço na educação.
Fonte:
Professoras entrevistadas 2011, elaborado pela equipe.
O tempo de
serviço varia de 6 a 13 anos, portanto, podemos considerar que as professoras
estão iniciando a carreira e ainda têm muito a trilhar no magistério.
Quanto
ao vínculo empregatício, todas são ACTs (admitidas em caráter temporário), três
trabalham 40 horas em apenas uma escola e uma atua 40 horas em duas escolas.
Das professoras
entrevistadas, três são funcionárias, da escola em que trabalham, há menos de
um ano, ou seja, foram contratadas a partir do mês de fevereiro e março do
corrente ano. A professora do SAEDE da APAE, é a que mais tempo tem nesta
instituição, atua há mais de 5 anos.
Duas das professoras
atuam como segundo professor no ensino regular e suas turmas têm de 23 a 27
alunos e duas atuam no SAEDE. Uma das professoras do SAEDE, dentro da própria
escola de ensino regular, funciona apenas no período vespertino, atendendo a 4
alunos, um é aluno da própria
escola, os outros três vêm de três
escolas municipais, sendo que um deles é da educação infantil. A professora do
SAEDE da APAE atende 7 alunos em cada período.
As professoras, que
atuam como segundo professor no ensino regular, têm de um a dois alunos
incluídos em suas salas.
Dos
cinco alunos do ensino regular que estão em situação de inclusão apenas uma não
frequenta o Atendimento Educacional Especializado.
O
Atendimento Educacional Especializado (AEE) é realizado em horário oposto ao
que o aluno estuda no ensino regular, a legislação brasileira garante como
sendo obrigatório o ensino fundamental, consta na LDBEN 9394/1996 em seu artigo
4º “O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os
que a ele não tiveram acesso na idade própria.”, portanto na faixa etária entre
6 a 14 anos, todos os alunos deverão frequentar a escola regular de ensino,
independente de suas deficiências e/ou necessidades especiais. Neste caso, os
pais ou responsáveis não podem escolher entre a classe comum e o AEE. O que é
opcional é o atendimento educacional especializado, os responsáveis matriculam
ou não seus filhos para esse setor. Portanto, a escola não pode condicionar a
matrícula ao ensino regular com a participação do aluno com deficiência no AEE.
As autoras Fávero,
Pantoja e Mantoan (2007, p.27) citam o que diz a Constituição sobre o AEE:
[...] que o Atendimento Educacional
Especializado seja também oferecido fora da rede regular de ensino, em outros
estabelecimentos, já que, como referimos, seria um complemento e não um
substitutivo da escolarização ministrada na rede regular para todos os alunos.
As deficiências e/ou necessidades especiais dos alunos
elencadas pelas professoras entrevistadas foram variadas:
·
paralisia cerebral;
·
síndrome de Down;
·
hiperatividade;
·
deficiência intelectual (mental) leve e
moderada;
·
hipercinestesia;
·
autismo;
·
deficiência auditiva;
·
microcefalia e
·
problemas na fala.
Quando indagadas sobre “Como você vê a inclusão escolar?” as
respostas foram:
·
necessária, mas falta muito
para alcançar os verdadeiros objetivos do que é incluir um aluno;
·
falta muito a ser feito;
·
a
inclusão ainda não é 100%;
·
colocar no regular é uma forma de
socialização;
·
falta adaptações, professores
qualificados e mudar a consciência das pessoas;
·
não tem materiais didáticos;
·
deveria haver cursos de capacitação;
·
os professores que atuam com esses alunos, às vezes, se
sentem perdidos não sabendo lidar com as situações principalmente no que diz
respeito a aprendizagem.
A inclusão já é
realidade no ensino brasileiro, contudo, Mantoan (2007, p. 45) afirma que “a
maioria das escolas ainda está longe de se tornar inclusiva”, verifica-se, na
nossa prática pedagógica diária, a corroboração dessa afirmação, e também com
as respostas dadas pelas docentes pesquisadas, faltam muitos materiais, além de
formação, e, também, na fala de uma educadora ainda está presente uma visão
integracionista quando a mesma menciona que “colocar no regular é uma forma de
socialização”.
Na pergunta “Como você
vê a sua prática pedagógica frente à inclusão escolar?”, as entrevistadas mencionaram
estar tentando ter uma prática inclusiva, bem como procurando contribuir para
que os alunos aprendam, auxiliando os alunos em recortes, promovendo a
participação dos mesmos em trabalhos de equipe, também uma das professoras do
SAEDE/DM relata sobre as suas visitas na escola regular e das novidades e
sugestões de como adaptar os conteúdos no dia a dia escolar que são levadas às
segundas professoras. Todavia, a fala dessa professora do SAEDE é totalmente
oposta a das duas professoras do ensino regular quando são questionadas sobre
“Você recebe algum apoio do Atendimento Educacional Especializado (AEE)?
Qual?”, as respostas foram as seguintes:
Professora 1: “Sim, bimestralmente,
pergunta como o aluno está e escreve o que eu relato. Contudo, não me
acrescenta em nada esta visita, pois o profissional do AEE não tem proposta e nem
sugestões de como melhorar.” No entanto, fica uma observação de que a princípio
a professora não sabia o que era a sigla AEE.
Professora 2: “Recebo a cada dois meses.
Perguntam como estão os alunos incluídos, mas não trazem sugestões de
atividades; apenas questionam como os alunos estão desenvolvendo as atividades
e como está o comportamento desses alunos.”
Outra divergência foi
quanto ao período de visitas à escola, uma das professoras do SAEDE diz fazer, de
quinze em quinze dias, assessoria nas escolas do ensino regular onde esses
alunos frequentam, enquanto as professoras que são atendidas por ela mencionam
a visita bimestral, como observamos nas respostas transcritas acima. A outra
professora do SAEDE, que funciona na própria escola, fala de visitas mensais,
contudo esses dados não foram confrontados com os professores que ela presta
assessoria, pois o aluno com deficiência mental estuda na rede municipal de ensino
e esta não fez parte do lócus dessa pesquisa.
As controvérsias
continuam presentes nos relatos das professoras, na pergunta “Descreva como
você vê o trabalho desse profissional do Atendimento Educacional Especializado
(AEE)?” as respostas são contrárias, ambas as docentes disseram “ Já falei
antes, não acrescenta em nada à minha prática pedagógica.” e “Não ajudam, pois
como disse só perguntam como os alunos estão, sugestões que são úteis, nada.”,
enquanto a professora do SAEDE disse “Segundo os professores que recebem
assessoria do SAEDE estão muito satisfeitos e comentam que os ajudam bastante
no desenvolvimento de atividades e de como lidar com esses alunos, de modo
geral na maneira como eles aprendem.”
Podemos constatar que
não há um diálogo aberto entre esses profissionais, o que acarreta ser mais um
prejuízo ao sucesso do processo de inclusão.
Todavia é fundamental entender a importância do AEE para o
desenvolvimento dos alunos com deficiências e/ou necessidades especiais.
Segundo as Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva
da Educação Inclusiva:
O atendimento educacional especializado tem como
função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no
atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na
sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento
complementa e/ou suplementa a formação de alunos com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela. (BRASIL, 2008, p. 10)
Já a respeito do tempo
destinado às visitas as respostas foram idênticas, todas citaram de 30 a 40
minutos em média.
Também,
foi constatado que as professoras do ensino regular atendem a alunos com
deficiência mental associada à outra deficiência, pedimos, então, para que
falassem desses alunos. Na questão “Fale-me da sua prática no dia a dia com o
aluno com deficiência mental? E deste aluno com a turma?” as segundas
professoras citaram: Professora 1: “A prática em fazê-lo se alfabetizar e
incluir no contexto social da sala de aula. Este aluno é disperso, tem
dificuldade em concentração, começa a fazer a atividade e não conclui.” Professora
2: “Na minha prática consigo transmitir
o que o professor passa, para a aluna da tarde eu copio numa folha e ela copia
no caderno. O aluno da manhã não copia. Ambos têm um relacionamento bom com os
colegas, há interação, os outros alunos estão mais receptivos.” Já as
professoras do SAEDE responderam: Professora 3: “Uso quebra-cabeça, jogo da
memória, adivinhações, trabalhos com códigos, jogos no computador (ele adora
computador), histórias através de figuras (ele escreve o que está observando –
interpretação). O atendimento é individualizado.” e a Professora 4: “ No dia a
dia na sala do SAEDE, trabalho com materiais adaptados que eu mesma faço de
acordo com o objetivo que quero atingir, sendo que a proposta é a identidade,
autonomia, expressão, memória, concentração, atividades de vida diária, etc.,
além da aprendizagem com material concreto como alfabeto, numerais, vogais
móveis, cores, etc.”
Podemos
notar nas falas das duas primeiras professoras há preocupação com os conteúdos
e com a não conclusão das atividades pelos alunos. A terceira professora parece
trabalhar com bastantes jogos tentando fazer com que o aluno evolua, cita que o
aluno é alfabetizado, mas salienta que lê com dificuldades e esquece o que leu,
não conseguindo compreender e interpretar. A quarta profissional tem um
discurso bem sistemático, mostrando conhecer quais as funções de um AEE.
Para Mantoan a
importância do AEE está em:
[...] é uma
forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de
cada aluno com deficiência. São consideradas matérias do Atendimento Educacional
Especializado: Língua Brasileira de sinais (LIBRAS); interpretação de LIBRAS;
ensino de Língua Portuguesa para surdos; código braille; orientação e
mobilidade; utilização do soroban; as ajudas técnicas, incluindo informática
adaptada; mobilidade e comunicação alternativa/aumentativa; tecnologias
assistivas; informática educativa; educação física adaptada; enriquecimento e
aprofundamento do repertório de conhecimentos; atividades da vida autônoma e
social, entre outras. (2010, p.29)
Quando questionadas
sobre “Como você vê o processo de ensino-aprendizagem destes alunos?”, as
respostas foram bem semelhantes, falaram sobre a dispersão dos alunos, muito
pouco progresso, muito lento, quase não tem retorno no que é ensinado. Ficou
evidente que não houve nenhum adjetivo que mostrassem um avanço positivo na
aprendizagem dos alunos com deficiência mental, mesmo quando uma das professoras
do SAEDE citasse que o aluno já lê, frisou imediatamente o que ele não sabe,
outra professora falou ser a socialização e interação com a turma um ponto
positivo no processo de inclusão, não mencionou ser um ponto positivo para a
aprendizagem.
Ainda para Mantoan
(2007, p.49):
Os alunos aprendem até o limite em que
conseguem chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor
considerar as possibilidades de desenvolvimento de cada aluno e explorar sua
capacidade de aprender. Isso pode ocorrer por meio de atividades abertas, nas
quais cada aluno se envolve na medida de seus interesses e necessidades, seja
para construir uma ideia, resolver um problema ou realizar uma tarefa. Esse é
um grande desafio a ser enfrentado pelas escolas regulares tradicionais, cujo
modelo é baseado na transmissão dos conhecimentos.
Sobre a pergunta “Fale-me
da avaliação dos alunos com deficiência mental. Quais as suas propostas de
avaliações para esses alunos?”, as entrevistadas citaram que a avaliação é
descritiva e processual, também fazem atividades que eles consigam realizar
para poder avaliá-los, fazem adaptações de acordo com a necessidade de cada
criança, também mencionaram que no final do ano todos os alunos com deficiência
que estão no ensino regular são aprovados automaticamente segundo a legislação.
Uma das professoras do SAEDE citou o registro do professor como sendo a forma
mais correta de avaliação.
Segundo Mantoan (2007,
p.54) a avaliação:
[...] do desenvolvimento dos alunos
também precisa mudar para ser coerente com as demais inovações propostas. O
processo de avaliação que é coerente com uma educação inclusiva acompanha o
percurso de cada estudante a evolução de suas competências e conhecimentos.”
Quanto às dificuldades
para trabalhar com o aluno com deficiência mental, as professoras do ensino
regular citaram tê-las, enquanto uma do SAEDE mencionou pouca dificuldade e a
outra não tem. As dificuldades elencadas foram fazer o aluno ficar em sala de
aula, pois ele foge e corre, os alunos não conseguirem fazer as atividades
propostas, falta de preparo de todo o pessoal da escola, falta de local
adequado para se fazer uma atividade diferenciada e alfabetização.
Sobre “Qual é o seu
sentimento frente às dificuldades encontradas? Fale-me de como você tenta
superá-las?” surgiram os seguintes sentimentos: frustração, a ponto de a
professora estar tão decepcionada que não se inscreveu para a função de segundo
professor; angústia, por tentar várias formas de como fazer determinado
trabalho e não conseguir, essas respostas foram dadas pelas professoras da
escola regular; enquanto as que prestam o AEE gostariam de fazer mais cursos,
pensam que as atividades feitas vão fazer com que os alunos aprendam e que
precisam procurar novas metodologias, pesquisar, estudar o problema do aluno,
procurando saber sobre sua deficiência, assim, vão conseguir superar as
dificuldades.
Na pergunta “Qual é o tempo destinado para
elaboração de materiais e/ou atividades para o aluno incluído?”, as professoras
do ensino regular mencionaram não ter tempo nem para o café e nem para ir ao
banheiro, elas ficam o tempo integral com os alunos, só preparam atividades em
casa e semestralmente quando há o planejamento geral com todos os profissionais
da unidade escolar. Já as professoras do SAEDE disseram que o tempo varia de
acordo com o planejamento e não existe um tempo estipulado ou um horário, a
maioria das vezes é feita em casa.
Os questionamentos “Você recebe
apoio da equipe gestora da escola? Qual?” houve apenas uma resposta positiva,
considerando que a professora considerou equipe gestora todos os profissionais
(orientadores, assistentes técnicos pedagógicos, supervisores, diretores e
assistentes de educação), o apoio dado citado foi que sempre que necessário
ajudam conversando com o aluno para conscientizá-lo a ficar em sala de aula.
Na indagação “Quais as
suas relações com outros especialistas envolvidos na escolarização de alunos
com deficiência mental?”, as professoras do regular disseram ser muito boa, há
troca do que poderia estar trabalhando com o aluno incluído já que são vários
professores na 6ª série. Uma professora do SAEDE que funciona na escola regular
falou que a orientadora da escola repassou a ela que esse atendimento não era
reforço escolar e que precisava pesquisar bastante para atender aos alunos,
pois é o seu primeiro ano no SAEDE.
Quanto “[...] as suas relações
com a família de alunos com deficiência mental?”, três professoras falaram ter
frequente e bom relacionamento, pois os pais vão sempre levar os alunos à
escola, apenas uma professora falou ter pouco contato com a família.
Sobre se as
entrevistadas “Tem mais alguma coisa para acrescentar?” as respostas foram: Professora
1: “Fazer alguma coisa para mudar a visão da inclusão e novas propostas de como
trabalhar como segundo professor, preparar todos esses professores para atuar
com esses alunos.”; Professora 2: “Eu vejo que a inclusão tem que pensar, não é
só colocar na sala de aula e dizer que está incluído, na minha opinião não são
todos os alunos que têm condições de estar frequentando o ensino regular.”; Professora
3: “Os professores do SAEDE deveriam ser melhor preparados para atuar. Entrei
no AEE através de currículo deixado na GERED.”; Professora 4: “Não.”.
Importante destacar nesses depoimentos que ainda há docentes que pensam que
para alguns tipos de deficiências, o aluno deveria não ser matriculado ao
ensino regular, mesmo a legislação garantindo acesso e permanência de todos os
alunos na faixa etária de 6 a 14 anos, como sendo obrigatória.
3.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos
pressupostos teóricos abordados na disciplina Avaliação e Atendimento
Educacional de Alunos com Deficiência Mental e com base na pesquisa de campo
realizada com professoras do ensino regular e do Atendimento Educacional
Especializado – AEE, no município de Capivari de Baixo, chegamos a algumas
considerações que são pertinentes.
O
primeiro aspecto a ressaltar é que os educadores ainda acham que a inclusão não
está presente nas escolas. Também é imprescindível o envolvimento de todas as
pessoas que atuam na escola, pois o aluno é da escola e não só do segundo
professor.
Outro
dado importante e necessário é definir qual é o papel do AEE e como deve ser a
assessoria na escola regular de ensino das profissionais que atendem no AEE.
Sendo
assim, esta pesquisa evidenciou a necessidade urgente de se buscar novos
encaminhamentos para que de fato o AEE cumpra o seu papel para proporcionar o
desenvolvimento dos alunos com deficiência mental e a relação entre o AEE e a
escola comum seja produtiva para ambas as partes e, principalmente, aos alunos
em questão. Não podemos esquecer que formação e capacitação são indispensáveis
para que se efetive de fato a inclusão de todos os alunos.
REFERÊNCIAS
- BATISTA, Cristina Abranches Mota e MANTOAN,
Maria Teresa Eglér. Atendimento
Educacional Especializado em Deficiência Mental. In: GOMES Adriana L.
Limaverde, FERNANDES, Anna Costa, BATISTA,
et al. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência Mental. SEESP / SEED / MEC Brasília/DF, 2007
- BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília:
MEC/SEESP, 2008.
- FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga, PANTOJA,
Luísa de Marillac P. e MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Atendimento Educacional Especializado: aspectos legais e
orientações pedagógicas. SEESP / SEED / MEC, Brasília/DF, 2007
- LDBEN 9394/2006.
- MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Educação inclusiva – orientações
pedagógicas. In: FÁVERO, Eugênia Augusta Gonzaga, PANTOJA, Luísa de
Marillac P. e MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Atendimento Educacional
Especializado: aspectos legais e orientações pedagógicas. SEESP / SEED / MEC, Brasília/DF, 2007
- MARCONI,
M. de A; LAKATOS, M. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execussão de pesquisas, amostragens e técnicas de
pesquisas, elaboração, análise, e interpretação de dados. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
APÊNDICES
APÊNDICE
1
UNIVERSIDADE
DO SUL DE SANTA CATARINA
|
LICENCIATURA
EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
Disciplina:
Avaliação e Atendimento Educacional de Alunos com Deficiência Mental
Professora Responsável: Profa.
Carla K. Vasques (UFRGS)
Professoras Colaboradoras:
Luciane Pandini Simiano (UNISUL) e Daniela Corte Real (UFSC/UFSM)
|
Escola
________________________________________________________________
Prezada diretora,
________________________________________________________
Somos alunas
do Curso de Licenciatura em Educação Especial da Unisul e a disciplina Avaliação e
atendimento educacional de alunos com deficiência mental, ministrada pela Profª Drª carla K. Vasques, prevê o conhecimento dos
diferentes espaços e profissionais envolvidos com sujeitos que apresentam
deficiência mental. Neste sentido, pedimos autorização para entrevista com
professores e, se possível, observação em sala de aula (um encontro). Importante
informar que os dados serão sigilosos e utilizados única e exclusivamente no
contexto da sala de aula.
Agradecemos sua ajuda.
Atenciosamente,
Cíntia Iara Kienen Barreto
Constancia Patricio Fretta
Maria Aparecida Martins Rodrigues
APÊNDICE
2
Objetivo
da pesquisa
O painel analítico sobre a Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva nos municípios do Sul de Santa
Catarina foca, neste momento, o Atendimento Educacional Especializado para
sujeitos com Deficiência Mental.
Meta
Construção de uma leitura atualizada
sobre a escolarização de alunos com
deficiência mental na escola regular
Identificação dos diferentes espaços
educacionais que atendem sujeitos com deficiência mental (sala multifuncional
APAE, SAEDE, escola particular, etc.), das práticas pedagógicas efetivadas
nestes espaços.
Investiga-se:
·
quais os espaços de atendimento
educacional dos alunos com DM?;
·
quais as intervenções pedagógicas junto
a estes alunos, considerando os professores da sala de aula (quando em situação
de inclusão) e de atendimento educacional especializado?
Roteiro
(tópicos considerados fundamentais), para entrevista com professores
1. Nome.
2. Idade.
3. Formação.
4. Tempo de serviço na educação?
5. Como é seu regime de trabalho?
6. Em quantas escolas você atua?
7. Quanto tempo você atua nesta escola?
8.
Qual a sua função?
9.
Quantos alunos na sala?
10.
Quantos alunos em situação de inclusão escolar?
11.
Qual a deficiência?
12.
Como você vê a inclusão escolar?
13.
Como você vê a sua prática pedagógica frente à inclusão escolar?
14.
Fale-me da sua prática no dia a dia com o aluno com deficiência mental? E deste
aluno com a turma?
15.
Como você vê o processo de ensino-aprendizagem destes alunos?
16.
Fale-me da avaliação dos alunos com deficiência mental. Quais as suas propostas
de avaliações para esses alunos?
17.
Você tem dificuldade para trabalhar com ele? Quais?
18.
Qual é o seu sentimento frente às dificuldades encontradas? Fale-me de como
você tenta superá-las?
19.
Você recebe algum apoio do Atendimento Educacional Especializado (AEE)? Qual?
20.
Você recebe apoio da equipe gestora da escola? Qual?
21.
Descreva como você vê o trabalho desse profissional do Atendimento Educacional
Especializado (AEE)?
22.
Qual o tempo destinado para essa troca de informações?
23.
Qual é o tempo destinado para elaboração de materiais e/ou atividades para o
aluno incluído?
24.
Quais as suas relações com outros especialistas envolvidos na escolarização de
alunos com deficiência mental?
25.
Quais as suas relações com a família de alunos com deficiência mental?
26.
Tem mais alguma coisa para acrescentar?
APÊNDICE 3
Número
de docentes entrevistadas: 4
As respostas foram
transcritas na íntegra como foram faladas ou escritas pelas professoras.
Observação: a professora número 4 preferiu responder ao questionário, alegando
estar com pouco tempo, então deixamos as perguntas e pegamos posteriormente.
1. Nome.
|
Professora 1: Giani Felisberto Costa.
Professora 2: Vilma Laureano Koenig.
Professora 3: Terezinha Machado
Rodrigues.
Professora 4: Salete
|
2. Idade.
|
Professora 1: 29 anos.
Professora 2: 49 anos.
Professora 3: 49 anos.
Professora 4: 56 anos.
|
3. Formação.
|
Professora 1: Graduada em Pedagogia:
Educação Infantil e Séries Iniciais e História e Pós-graduada em Prática
Interdisciplinar da Educação Infantil e Séries Iniciais.
Professora 2: Graduada em Pedagogia:
Educação Infantil e Séries Iniciais e complementação em Educação Especial.
Especialização em Séries Iniciais e Educação Infantil.
Professora 3: Superior em Pedagogia: Educação
Infantil e Séries Iniciais.
Professora 4: Graduada em Educação
Infantil e Séries Iniciais, complementação em Educação Especial;
Pós-graduação em Educação Infantil e Séries Iniciais e Educação Especial.
|
4. Tempo de serviço na educação.
|
Professora 1: oito anos no geral e
dois anos como segundo professor.
Professora 2: treze anos e seis anos
na educação especial.
Professora 3: seis anos e oito meses
no SAEDE.
Professora 4: dez anos e cinco anos e
oito meses no SAEDE.
|
5. Como é o seu regime de trabalho?
|
Professora 1: ACT (admitida em caráter
temporário), 40 horas.
Professora 2: ACT (admitida em caráter
temporário), 40 horas.
Professora 3: ACT (admitida em caráter
temporário), 40 horas.
Professora 4: ACT (admitida em caráter
temporário), 40 horas.
|
6. Em quantas escolas você atua?
|
Professora 1: em uma escola.
Professora 2: em uma escola.
Professora 3: em duas escolas.
Professora 4: em uma escola.
|
7. Quanto tempo você atua nesta
escola?
|
Professora 1: nove meses.
Professora 2: nove meses.
Professora 3: oito meses.
Professora 4: 5 anos e oito meses.
|
8. Qual a sua função?
|
Professor 1: Segundo professor das
séries iniciais e finais (5ª e 6ª séries) do ensino fundamental.
Professor 2: Segundo professor das
séries finais (6ª série) do ensino fundamental.
Professor 3: Professora do SAEDE.
Professor 4: Trabalho com o SAEDE/DM.
|
9. Quantos alunos na sala?
|
Professor 1: 23 no turno matutino e 27
no turno vespertino.
Professor 2: 25 no turno matutino e 27
no turno vespertino.
Professor 3: 4 alunos.
Professor 4: 7 alunos no período
matutino e 7 no período vespertino.
|
10. Quantos alunos em situação de
inclusão escolar?
|
Professor 1: 1 aluno no turno matutino
e 2 alunos no turno vespertino.
Professor 2: 1 aluno no turno matutino
e 1 aluna no turno vespertino.
Professor 3: 4 alunos.
Professor 4: 14 alunos.
|
11. Qual a deficiência?
|
Professor 1: o aluno do turno matutino
tem paralisia cerebral, os do vespertino uma tem Síndrome de Down e um é
hiperativo, deficiente intelectual leve e hipercinético.
Professor 2: o aluno do turno matutino
é autista e apresenta deficiência mental moderada; a aluna do turno
vespertino tem microcefalia e deficiência mental.
Professor 3: um autista, um deficiente
auditivo, um deficiente intelectual e um que tem problema na fala.
Professor 4: deficiência mental.
|
12. Como você vê a inclusão escolar?
|
Professora 1: Necessária, mas falta
muito para alcançar os verdadeiros objetivos do que é incluir um aluno.
Professora 2: Penso que ainda tem
muito a ser feito, não é 100% a inclusão, colocar no regular é uma forma de
socialização, falta mudar a consciência das pessoas, falta ambiente adequado
que aqui não tem e materiais didáticos que também não existem.
Professora 3: Os professores não estão
preparados para atender essas crianças, deveria haver curso de capacitação.
Professora 4: A inclusão ainda não
está acontecendo de fato como manda a legislação, falta adaptações e
professores qualificados. Os que atuam com esses alunos, às vezes, se sentem
perdidos não sabendo lidar com as situações principalmente no que diz
respeito a aprendizagem.
|
13. Como você vê a sua prática
pedagógica frente à inclusão escolar?
|
Professora 1: Tento ao máximo ter uma
prática que inclua, tentando fazer com que os alunos alcancem os conteúdos
abordados pelos professores regentes.
Professora 2: Eu penso que estou
contribuindo para efetivar a aprendizagem, os alunos estão participando das
atividades propostas, participam em equipe, auxiliam em recortes.
Professora 3: O meu trabalho ajuda os
alunos e favorece à inclusão escolar.
Professora 4: Procuro levar novidades
aos professores do ensino regular quando das visitas, dando sugestões de como
adaptar os conteúdos para aquele aluno, já que os alunos de 6ª e 7ª séries
ainda estão na fase da alfabetização. São poucas as disciplinas que
acompanham.
|
14. Fale-me da sua prática no dia a
dia com o aluno com deficiência mental? E deste aluno com a turma?
|
Professora 1: A prática em fazê-lo se
alfabetizar e incluir no contexto social da sala de aula. Este aluno é disperso,
tem dificuldade em concentração, começa a fazer a atividade e não conclui.
Professora 2: A minha prática consigo
transmitir o que o professor passa, para a aluna da tarde eu copio numa folha
e ela copia no caderno. O aluno da manhã não copia. Ambos têm um
relacionamento bom com os colegas, há interação, os outros alunos estão mais
receptivos.
Professora 3: Uso quebra-cabeça, jogo
da memória, adivinhações, trabalhos com códigos, jogos no computador (ele
adora computador), histórias através de figuras (ele escreve o que está
observando – interpretação). O atendimento é individualizado.
Professora 4: No dia a dia na sala do
SAEDE, trabalho com materiais adaptados que eu mesma faço de acordo com o
objetivo que quero atingir, sendo que a proposta é a identidade, autonomia,
expressão, memória, concentração, atividades de vida diária, etc., além da
aprendizagem com material concreto como alfabeto, numerais, vogais móveis,
cores, etc.
|
15. Como você vê o processo de ensino
aprendizagem destes alunos?
|
Professora 1: Como falei antes, o
aluno é disperso, não tem concentração, não está alfabetizado.
Professora 2: Muito lento, quase não
tem retorno no que é ensinado, o avanço dos alunos é mínimo.
Professora 3: Ele lê com dificuldade,
copia emendado, para ele o mais difícil é ler e interpretar. Está na 6ª série
de uma escola municipal.
Professora 4: Muito pouco progresso,
salas muito cheias, falta concentração para que a aprendizagem de conteúdos
aconteça, mas a socialização e interação com a turma está sendo um ponto
positivo no processo de inclusão.
|
16. Fale-me da avaliação dos alunos
com deficiência mental. Quais as suas propostas de avaliações para esses
alunos?
|
Professora 1: Faço desde o início do ano a avaliação
descritiva, processual, falando as evoluções do aluno, automaticamente o
mesmo é aprovado no final do ano segundo a legislação.
Professora 2: Quando eles realizam as
atividades, eu vejo o progresso deles. A aluna da tarde gosta muito de
copiar. Eu procuro fazer atividades que eles sabem fazer para poder
avaliá-los, faço adaptações de acordo com a necessidade de cada criança.
Professora 3: Está desde o começo do
ano no AEE, já copia olhando menos vezes para o que está escrito. Quando
atendo aos professores do ensino regular, eles falam do progresso do aluno,
já melhorou um pouco em Matemática, mas tem hora que parece regredir.
Professora 4: As avaliações são
descritivas anexadas a uma pasta que permanece na escola, além da nota que é
necessária devido ao programa SERIE, geralmente dão sete para que ele tenha
progressão de série. A minha proposta é que se registre trimestralmente se
houve avanços na aprendizagem e se não houve também seja registrado. Quanto a
atribuir uma nota só porque o programa exige é injusto com os outros alunos,
já que alguns dos alunos da inclusão não conseguem escrever seu nome e muitos
menos a leitura, embora consigam responder várias das atividades, então acho
que o registro do professor seria a maneira mais certa de avaliação.
|
17. Você tem dificuldade para
trabalhar com ele? Quais?
|
Professora 1: Sim. A maior dificuldade
é fazê-lo ficar na sala de aula, foge e corre o tempo todo.
Professora 2: Sim, faço uma atividade
e eles não conseguem fazer, a gente se sente angustiada. Também falta preparo
de todo o pessoal da escola, falta local adequado para se fazer uma atividade
diferenciada. Por mais que estude na realidade é muito diferente.
Professora 3: Poucas dificuldades, ele
é calmo, tranquilo, às vezes, vem com sono, também reclama das atividades,
fala que abuso, estou com sono, deixa para depois. Na hora de preencher o
calendário tenta adivinhar o dia da semana, a dificuldade maior é a
alfabetização.
Professora 4: No SAEDE não. No ensino
regular a maior dificuldade dos professores é adaptar materiais de acordo com
os conteúdos.
|
18. Qual é o seu sentimento frente às
dificuldades encontradas? Fale-me de como você tenta superá-las?
|
Professora 1: Frustração. Estou
decepcionada e não me inscrevi mais para a função de segundo professor.
Professora 2: Angústia, tentar várias
formas de como fazer determinado trabalho e não conseguir.
Professora 3: Gostaria de fazer mais
cursos, penso que as atividades feitas vão fazer com que ele aprenda.
Professora 4: Procurando novas
metodologias, pesquisando, estudando o problema do aluno, procurando saber
sobre sua deficiência.
|
19. Você recebe algum apoio do
Atendimento Educacional Especializado (AEE)? Qual?
|
Professora 1: Sim, bimestralmente,
pergunta como o aluno está e escreve o que eu relato. Contudo não me
acrescenta em nada esta visita, pois o profissional do AEE não tem proposta e
nem sugestões de como melhorar. (Observação:
a princípio a professora não sabia o que era a sigla AEE).
Professora 2: Recebo a cada dois
meses. Perguntam como estão os alunos incluídos, mas não trazem sugestões de
atividades; apenas questionam como os alunos estão desenvolvendo as
atividades e como está o comportamento desses alunos.
Professora 3: EU sou o AEE.
Professora 4: O apoio nas escolas é
dado através dos profissionais do SAEDE e quando o professor do ensino
regular ou a escola solicitar alguém da equipe multiprofissional da APAE
presta atendimento.
|
20. Você recebe apoio da equipe
gestora da escola? Qual?
|
Professora 1: Sim, sempre que
necessário ajudam conversando com o aluno para conscientizá-lo a ficar em
sala de aula.
Professora 2: Não.
Professora 3: Não só dos
especialistas.
Professora 4:
|
21. Descreva como você vê o trabalho
desse profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE)?
|
Professora 1: Já falei antes, não
acrescenta em nada a minha prática pedagógica.
Professora 2: Não ajudam, pois como
disse só perguntam como os alunos estão, sugestões que são úteis, nada.
Professora 3: -
Professora 4: Segundo os professores
que recebem assessoria do SAEDE estão muito satisfeitos e comentam que os
ajudam bastante no desenvolvimento de atividades e de como lidar com esses
alunos, de modo geral na maneira como eles aprendem.
|
22. Qual o tempo destinado para essa
troca de informações?
|
Professora 1: Não tempo para a troca
de informações, falamos rapidamente com o pessoal do SAEDE, não temos
recreio, para ir ao banheiro um colega também segundo professor que olha os
alunos, trabalhamos 4 horas inteiramente com os alunos especiais e em todas
as aulas.
Professora 2: Rapidamente, 30 minutos
mais ou menos. Não temos recreio, as atividades são preparadas em casa.
Professora 3: Vou às escolas uma vez por mês, pergunto
como o aluno está, se está progredindo, levo atividades que ele fez e modelos
para ela (segunda professora) fazer em sala de aula (adaptação). A conversa é
apenas com a segunda professora, pois o aluno está nas séries finais do
ensino fundamental.
Professora 4: O tempo destinado para a
troca de informações não é estipulado, varia de acordo com a necessidade, às
vezes, 30 a 40 minutos. De quinze em quinze dias faço assessoria nas escolas
do ensino regular onde esses alunos frequentam.
|
23. Qual é o tempo destinado para
elaboração de materiais e/ou atividades para o aluno incluído?
|
Professora 1: No horário escolar não
há tempo, procuro elaborar em casa.
Professora 2: Só em casa e
semestralmente há um dia para o planejamento geral da escola.
Professora 3: -
Professora 4: Quanto ao tempo para
elaboração de materiais ou até atividades varia de acordo com o planejamento
e não existe um tempo estipulado ou um horário, a maioria das vezes é feita
em casa.
|
24. Quais as suas relações com outros
especialistas envolvidos na escolarização de alunos com deficiência mental?
|
|
Professora 1: É muito boa, troca do
que poderia estar trabalhando com o aluno incluído já que são vários
professores na 6ª série.
Professora 2: Bom.
Professora 3: Recebi orientação da
orientadora da escola. É o meu primeiro ano no SAEDE, quando cheguei à
escola, fui orientada que aqui não era reforço escolar e que precisava
pesquisar bastante para atender aos alunos.
Professora 4: Quando é solicitado.
|
|
25. Quais as suas relações com a
família de alunos com deficiência mental?
|
|
Professora 1: Bom relacionamento com a
família, sempre que a chamamos está presente.
Professora 2: Bom relacionamento com a
família, há um contato direto diariamente.
Professora 3: Tenho contato com os
pais que vêm trazer os seus filhos, quando necessário converso com telefone.
Não há reuniões de pais para conversa no SAEDE.
Professora 4: Com a família pouca.
|
26. Tem mais alguma coisa para
acrescentar?
|
Professora 1: Fazer alguma coisa para
mudar a visão da inclusão e novas propostas de como trabalhar como segundo
professor, preparar todos esses professores para atuar com esses alunos.
Professora 2: Eu vejo que a inclusão
tem que pensar, não é só colocar na sala de aula e dizer que está incluído,
na minha opinião não são todos os alunos que têm condições de estar
frequentando o ensino regular.
Professora 3: Os professores do SAEDE
deveriam ser melhor preparados para atuar. Entrei no AEE através de currículo
deixado na GERED.
Professora 4: Não.
|
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