UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
CURSO: LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO
ACADÊMICA: CONSTANCIA PATRICIO FRETTA
PROFESSORA: TÂNIA FERNANDES
6º SEMESTRE: 2012
PROFESSORA: TÂNIA FERNANDES
6º SEMESTRE: 2012
CULTURA
CIENTÍFICA E CRIATIVIDADE
A palestra de
encerramento do IV SIMFOP (Simpósio sobre Formação de Professores) foi
proferida pelo Dr. Jorge Campos da Costa, da área de Letras, do Rio Grande do
Sul, trabalha a questão da linguística e suas interfaces, coordena um
laboratório de criatividade em uma universidade também no Rio Grande do Sul.
O palestrante encerrou
a palestra com um slide redundante que dizia “Sair fora da casinha” e assim, eu
estava sentindo-me no início da conferência.
A discussão foi em
torno da tecnologia que invade todos os espaços da sociedade, a linguagem
através do computador invade todos os campos e é muito poderosa, esse fator
acontece, pois estamos numa fase de transição forte e até dramática que gira em
torno da linguagem computadorizada, e nesse contexto é necessário combinar
cultura científica com a criatividade.
De Gutenberg até nos
dias atuais, a academia está centrada em livros, pois os mesmos são
embasamentos teóricos que justificam os trabalhos acadêmicos, contudo
atualmente, há os E book (livros on line), com uma inovação: o usuário coloca o
tamanho da melhor letra para fazer a leitura e ainda pode ao mesmo tempo
consultar outros links para verificar assuntos que está em dúvida e isso
acontece simultaneamente, num mesmo local. Assim, parece-nos que não se lê mais
um livro inteiro, lê-se fragmentos, e na internet há uma infinidade de temas
que são postados diariamente, é como se tivéssemos uma biblioteca da Alexandria
em nossa casa, contudo é necessário navegar com critério.
Falar em criatividade é
não dar respostas, as perguntas são importantes, e formular problemas é
fundamental. A criatividade na era digital está presente, pois a relação do
conhecimento com as imagens é cada vez maior, e saber usar as imagens que estão
diretamente ligadas ao conhecimento, é uma maneira de ser criativo.
Vários autores e nomes
de obras foram citadas no decorrer da conferência, entre eles: John Brockman
(estamos vivendo a terceira cultura, interfaces da vida passada e as inovações
do futuro); C.P.Snow (há a um conflito
entre a cultura humanística e a tecnológica); Umberto Eco (sempre houve essa
tecnofobia); Leonardo da Vinci (a humanidade vai ficar horrorizada com o que
fez com os animais); Einstein; Freud; Gutenberg, e outros.
Também discutiu sobre a
criatividade e memética, citando Darwin; a criatividade e Kluge, citando Gary
Marcus, a criatividade e serendipitidade de Royston M. Roberts; criatividade e
ciência, criatividade e butterfly effect, criatividade Deus e lógica de Antony
Flew. Desses temas discutidos o que ficou em evidência foi a questão da
serendipidade que é a descoberta por acaso, ou seja, a criatividade aparece na
solução de um problema quando estava procurando a solução para outro. Nesse
sentido, todo raciocínio criativo é divergente, assim o pensamento rotineiro
não é criativo. Portanto ser criativo é ousar, é não temer, fazer o diferente.
A palestra foi
conflitante gerou dúvidas e não houve respostas. Em meu ponto de vista a
contribuição do assunto tratado para a educação é dicotômica, porque de uma
lado temos a escola que busca a criatividade para incentivar a participação e a
aprendizagem dos alunos, mesmo com poucos recursos, de outro lado, presenciamos,
muitas vezes, alunos que a escola tolhe, poda a criatividade dos mesmos, definindo
por menores de trabalhos a serem feitos, não deixam os alunos criarem, ousarem,
podemos corroborar essa afirmação, quando estudamos que os grandes nomes da
ciência, da informática deixaram os bancos escolares para inventar e criar,
penso que a escola ainda está na era da idade média, pois sempre estipula o que
fazer, quando, a quantidade de laudas a escrever, o roteiro a seguir, um único
projeto a ser executado e não deixa os alunos ousarem, serem diferentes,
criativos, os alunos precisam cumprir suas tarefas escolares e extraescolares
com inovações. Como diz o Dr. Campos essa minha posição pode ser certa ou pode
ser errada, pois na criatividade não tem certo, nem errado.
Penso ainda, que ser
criativo na educação, ainda está longe de acontecer, principalmente na escola
pública em que temos a nossa disposição quadro, giz e ainda usamos o
mimeógrafo, também quando as escolas contam com equipamentos mais modernos como
data show e salas informatizadas, alguns professores relutam em continuar na
mesmice, ser criativo em educação de um modo geral ainda é um longo caminho a
seguir.
Contudo, há uma
controvérsia, pois considero a criatividade para a minha atuação profissional em
educação especial fundamental, pois um professor que atua na educação especial
deve ser muito criativo, principalmente, porque precisa fazer as adaptações e
flexibilizações de materiais e equipamentos para que os alunos atinjam os seus
objetivos. É preciso em educação especial ter uma visão diferente do que é
certo e do que é errado, entender que as pequenas aprendizagens são grandes
para uma determinada pessoa, também a área tecnológica está contribuindo muito
para a mobilidade, comunicação das pessoas com necessidades especiais, entre
outros, e nesse contexto são criativos os que ousam. Não sei se não “Sai fora
da casinha”, mas em criatividade tudo pode ser.
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